sexta-feira, 20 de agosto de 2010

[RESENHA] Pesquisa na escola: o que é, como se faz


O livro “Pesquisa na Escola: o que é, como se faz”, de Marcos Bagno, publicado pela “Edições Loyola”, lançado pela primeira vez em 1998, expõe idéias bastante diferentes do que tradicionalmente se lê e se ouve a respeito das questões gramaticais.

A grande maioria dos professores, enquanto “orientadores”, não conseguem desempenhar esse papel de forma adequada. Tais professores deveriam “ensinar a aprender”, no entanto, não atendem as necessidades dos alunos durante a aprendizagem. Esse é o tema principal abordado neste livro, que apresenta uma linguagem extremamente simples e fácil de entender.

O livro está dividido em duas partes, assim designado: (1) O Fio de Ariadne; (2) O Fantasma de Procusto. Ambos apresentam os principais desafios enfrentados pelos alunos, devido aos métodos usados de forma irresponsável por alguns professores, no que diz respeito à aprendizagem, além de proporcionar uma discussão a respeito da importância da pesquisa na escola em geral.

A Primeira Parte – “O Fio de Ariadne” – mostra como é fácil um aluno se “perder” diante de uma aprendizagem mal-orientada. Este é um dilema antigo ainda enfrentado pela maioria dos alunos. Bagno menciona a necessidade de se fazer uma “pesquisa científica”, afim de “guiar” o aluno pelo caminho certo. “Ensinar a pesquisar” é o principal objetivo desta primeira parte do livro, além de instruir o aluno a fazer um “projeto” passo a passo, com o intuito de tornar os aprendizados mais práticos, organizados e atualizados. O projeto é, pois, necessário para tornar o ensino mais atraente.

A Segunda Parte – “O Fantasma de Procusto” – mostra o dogmatismo que reina no ensino da língua portuguesa, e, conseqüentemente, a instalação de um “preconceito lingüístico” na maneira de ensinar português. O ensino da gramática tornou-se assustador, pois não atende a realidade dos alunos. Bagno fala que a gramática ignora qualquer possibilidade de mudança no ensino da língua, e propõe algumas idéias para tentar tornar o ensino de português mais conveniente. Basicamente, o ensino de português, em vez de se preocupar com regras, deveria se preocupar com as potencialidades da língua, o que resultaria no crescimento da linguagem.

Bagno também faz inúmeras críticas ao método de ensino utilizado pela maioria dos professores, mas apesar de existir esses problemas envolvendo a aprendizagem, ele mostra que é possível mudar a “maneira de ensinar” desses professores, a fim de tornar a Língua Portuguesa uma disciplina prazerosa e objeto de pesquisa na escola de uma forma nunca vista antes.

Por Max Moreira
BIBLIOGRAFIA

BAGNO, Marcos. Pesquisa na escola: o que é, como se faz. Edições Loyola. São Paulo, 7ª edição: agosto de 2001.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

[CONTO] A ENTIDADE FANTASMAGÓRICA


Lembro-me que eu estava assistindo televisão durante a noite. Em dado momento, senti sede e fui beber água. Quando voltei, deparei-me com a porta da frente da casa aberta. Fiquei muito assustado e logo imaginei se havia entrado um ladrão na casa ou se eu tinha deixado a porta aberta. Ao refletir, tive certeza que tinha fechado a mesma, portanto, só podia ser obra de um ladrão. Mas onde estaria o suposto ladrão, tendo em vista que não vi ninguém e nem ouvi ruído algum? Pensei em chamar minha avó que estava dormindo. Foi o que fiz, mas ela não acordou de jeito nenhum. De repente, comecei a sentir calafrios e a ouvir barulhos estranhos, como o som confuso de muitas vozes humanas. Logo pensei que seriam vozes daquelas pessoas que costumam ficar até tarde conversando nas calçadas. A esta altura, minha mente tentava encontrar uma explicação para aquele acontecimento. Mas percebi que as vozes vinham da cozinha. Com uma coragem de leão fui verificar o que estava ocorrendo e deparei-me com todas as portas da casa abertas. Fiquei apreensivo imediatamente e diante daquela cena no mínimo estranha, tentei acordar minha avó novamente, mas foi inútil, pois ela não acordava, o que me deixou preocupado.
Na cozinha, fui surpreendido por uma luz que vinha da porta dos fundos da mesma. O que seria aquela luz? Decidi me aproximar para tentar descobrir o que seria aquela visão bizarra. Foi quando surgiram dois olhos incrivelmente assustadores fixados diretamente em mim. Pareciam que estavam olhando dentro da minha alma. Eu fiquei completamente paralisado de medo, a ponto de não conseguir me mexer. Comecei a suar, mas era um suor terrivelmente frio. Nesse momento, comecei a ouvir vozes roucas, difíceis de entender. Aos poucos, essas vozes foram ficando audíveis e pareciam que estavam falando comigo. As vozes diziam:
– Por favor, ajude-me!
– Por Deus, salve-me!
– Socorro!
Acompanhado das vozes, pude ouvir o som de pessoas chorando. Eu conseguia sentir toda a carga de dores que era transmitida diretamente para a minha alma. Angústia, agonia, desespero, aflição, tristeza. Eu comecei a chorar de tanta dor que pesava sobre mim. Foi quando o inimaginável aconteceu. Vi-me dentro daquela luz misteriosa e tive a visão mais funesta do que minha mente poderia suportar. Dezenas, centenas, milhares de espíritos estavam ali dentro. Todos eles imploravam por socorro e eu nada podia fazer. Mais uma vez, aqueles olhos ficaram fixados em mim e uma voz forte e apavorante falou comigo. Aquela voz enfraquecia a minha alma, só de ouvi-la.
– Sou uma Entidade Fantasma. Vou roubar o seu Espírito.
De repente, vi-me fora daquela luz fantasmagórica. Em seguida, a Entidade Fantasma avançou em minha direção e atravessou o meu corpo como um raio, literalmente. Senti meu espírito sendo arrancado, enquanto ouvia indistintamente as lamentações de todos aqueles espíritos presos na Entidade Fantasma. Surpreendentemente, meu espírito não foi arrancado, no entanto, meu corpo sofreu as conseqüências. Durante a tentativa Dela de arrancar meu espírito, uma dor dilacerante tomou conta de mim. Gritei tão alto, que foi o suficiente para fazer minha avó acordar de seu sono profundo. Ela saiu do quarto alarmada e me encontrou na sala vomitando e chorando. A Entidade Fantasma parecia ter destruído minha mente, pois eu estava praticamente à beira da loucura. Parece que minha avó não conseguia ver a Entidade Fantasma, pois ela não demonstrou nenhuma reação diante daquela visão fantasmagórica. Quando olhei para trás, a Entidade Fantasma ainda estava lá e avançou de novo na minha direção. Saí correndo para o lado de fora da casa como um louco e aquela entidade fantasmagórica estava em meu encalço.
No momento em que Ela tentou atravessar o meu corpo novamente, vi-me deitado em minha rede, completamente suado e confuso. Acordei. Percebi que acabara de ter um Pesadelo. Só dormi novamente, minutos depois, ouvindo o som da respiração da minha avó que dormia no quarto ao lado.

Por Max Moreira
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